Como fazer logística reversa de embalagens?
Logística Reversa
Você está querendo adotar processos mais sustentáveis, mas ainda não sabe como fazer a logística reversa de embalagens da sua empresa? Não se preocupe, hoje você terá resposta para essa dúvida. Neste artigo faremos uma breve retrospectiva sobre essa obrigação legal e explicaremos como implementá-la na prática. Boa leitura!

Obrigatoriedade da Logística Reversa de Embalagens: uma breve retrospectiva

Diversas estratégias para a preservação do meio ambiente têm estado cada vez mais em evidência, diante de um cenário em que se torna mais necessário a implementação de uma política econômica mais sustentável.

Por causa dessa preocupação, em 2010 foi instaurada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Uma das premissas da lei é a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, o que torna todos responsáveis pelo destino final que os resíduos terão, entre eles, as embalagens. É aqui que a logística reversa de embalagens surge com sua importância, uma vez que é um instrumento previsto na lei para pôr em prática esse princípio. 

A logística reversa pode ser definida como um conjunto de ações e procedimentos que têm como objetivo coletar e reaproveitar os resíduos sólidos, fazendo com que eles tenham uma destinação correta, seja retornando para o produtor de origem ou para outros ciclos produtivos. Por meio desse instrumento, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores de embalagens e produtos embalados foram obrigados a trabalhar para garantir a destinação final correta dos resíduos.

Em 2015 o Acordo Setorial para Logística Reversa de Embalagens em Geral foi assinado, onde foi acordada a reciclagem de 22% das embalagens comercializadas no mercado. Pensando em estratégias para alcançar a meta, as empresas signatárias se comprometeram a realizar ações de apoio às cooperativas, implementação de pontos de entrega voluntária e campanhas de educação ambiental. 

Posteriormente, para garantir a isonomia na fiscalização da logística reversa, o Decreto nº 9.177 tornou a meta obrigatória para todas as empresas enquadradas na condição de embalagens em geral, mesmo não signatárias do Acordo.

Assista à sequência de webinars gratuitos: “10 anos de PNRS e Logística Reversa: como está a transição para a Economia Circular?”

Instrumentos para implantar a logística reversa

Existem 3 instrumentos previstos em lei para implantar logística reversa: Acordos Setoriais, Regulamentos expedidos pelo Poder Público e Termos de compromisso. São formas para formalizar programas individuais ou coletivos entre entidades públicas e privadas e operacionalizar a logística reversa de embalagens. O Acordo Setorial para Embalagens em Geral, citado anteriormente, se enquadra na primeira opção.

No caso da recuperação de embalagens, estratégias estimulando a participação de organizações de catadores de materiais recicláveis são prioritárias. É previsto também que o sistema desenvolvido possa adotar a compra dos produtos ou embalagens pós-consumo, assim como implementar pontos de entrega de resíduos. 

Como fazer a logística reversa de embalagens na prática?

Cooperativas de catadores são fundamentais no processo de logística reversa
Cooperativas de catadores são fundamentais no processo de logística reversa

Através dos três instrumentos foram pensadas diferentes sistemas para operacionalizar a logística reversa de embalagens na prática. Para melhor compreensão, é preciso entender que a o processo se baseia em três pilares:

1. Engajamento do cliente final, ou seja, pessoas físicas. Eles podem ser considerados as maiores fontes de embalagens pós-consumo e por isso precisam ser o principal alvo de campanhas educacionais sobre coleta seletiva. Eles devem ser envolvidos em programas pelo poder público ou pelo setor privado com a intenção de recolher os produtos.

2. A recuperação das embalagens. Aqui entram diferentes estratégias, como implantação de Pontos de Entrega Voluntária ou atuação junto às associações de catadores. É um pilar fundamental pois é o principal elo entre o resíduo e a reciclagem, ou seja, onde se viabiliza o processo da logística reversa de embalagem. A utilização de sistemas e ferramentas específicas possibilitam o monitoramento e validação do fluxo operacional de recebimento, transporte, armazenagem e distribuição desses resíduos.

3. Envio à empresa recicladora. É nela que a embalagem é utilizada como matéria-prima e reciclada, diminuindo os impactos gerados no meio ambiente e até custos de produção (em alguns casos). Pode ser a própria fábrica geradora do resíduo ou outra, o importante é que a embalagem pós-consumo chegue até uma empresa que irá reciclá-la. Nesse momento o ciclo é oficialmente fechado e rotulado como logística reversa. 

Em resumo, para que a logística reversa seja bem aplicada as empresas responsáveis devem ter uma visão integrada da cadeia de suprimentos. Dessa forma a logística reversa de embalagens irá trazer diversos benefícios relacionados a fatores sociais, econômicos e ambientais.

Principais sistemas de comprovação

Podemos citar dois métodos comuns de aplicação da logística reversa de embalagens:

1. Investimento na Cadeira de Reciclagem: Se dá via investimento coletivo no aparelhamento e estruturação de cooperativas de materiais recicláveis, por parte das empresas. O quantitativo de resíduos de embalagem pós-consumo efetivamente comercializado para recicladores conta como resultado da logística reversa. 

2. Créditos de Reciclagem: Também conhecidos como Créditos de Logística Reversa, foram desenvolvidos a partir de uma lógica de compensação. São baseados nas notas fiscais de cooperativas relativas à venda dos resíduos para recicladoras, as quais informam o tipo de material reciclado e sua quantidade em tonelada. As notas são fornecidas à certificadoras de logística reversa, que sistematizam e vendem tais notas como Créditos para empresas que precisam cumprir com a lei. Dessa forma, as empresas remuneram cooperativas pelo serviço de coleta das embalagens e ainda tem menor custo operacional que implementar programas próprios.

Após análise das opções e escolha do sistema, o segredo está no planejamento e implantação gradativa das medidas de acordo com as necessidades e possibilidades dentro da sua empresa.


E aí, qual sistema pretende implementar? Se você achou o texto útil para você, compartilhe nas mídias sociais. Para saber mais sobre como fazer logística reversa de embalagens, entre em contato com a Polen pelo formulário abaixo.

11 Perguntas e Respostas para Entender a Logística Reversa


Como fazer logística reversa de embalagens?
Logística Reversa
August 15, 2023 6:41 PM
Você está querendo adotar processos mais sustentáveis, mas ainda não sabe como fazer a logística reversa de embalagens da sua empresa? Não se preocupe, hoje você terá resposta para essa dúvida. Neste artigo faremos uma breve retrospectiva sobre essa obrigação legal e explicaremos como implementá-la na prática. Boa leitura!

Obrigatoriedade da Logística Reversa de Embalagens: uma breve retrospectiva

Diversas estratégias para a preservação do meio ambiente têm estado cada vez mais em evidência, diante de um cenário em que se torna mais necessário a implementação de uma política econômica mais sustentável.

Por causa dessa preocupação, em 2010 foi instaurada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Uma das premissas da lei é a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, o que torna todos responsáveis pelo destino final que os resíduos terão, entre eles, as embalagens. É aqui que a logística reversa de embalagens surge com sua importância, uma vez que é um instrumento previsto na lei para pôr em prática esse princípio. 

A logística reversa pode ser definida como um conjunto de ações e procedimentos que têm como objetivo coletar e reaproveitar os resíduos sólidos, fazendo com que eles tenham uma destinação correta, seja retornando para o produtor de origem ou para outros ciclos produtivos. Por meio desse instrumento, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores de embalagens e produtos embalados foram obrigados a trabalhar para garantir a destinação final correta dos resíduos.

Em 2015 o Acordo Setorial para Logística Reversa de Embalagens em Geral foi assinado, onde foi acordada a reciclagem de 22% das embalagens comercializadas no mercado. Pensando em estratégias para alcançar a meta, as empresas signatárias se comprometeram a realizar ações de apoio às cooperativas, implementação de pontos de entrega voluntária e campanhas de educação ambiental. 

Posteriormente, para garantir a isonomia na fiscalização da logística reversa, o Decreto nº 9.177 tornou a meta obrigatória para todas as empresas enquadradas na condição de embalagens em geral, mesmo não signatárias do Acordo.

Assista à sequência de webinars gratuitos: “10 anos de PNRS e Logística Reversa: como está a transição para a Economia Circular?”

Instrumentos para implantar a logística reversa

Existem 3 instrumentos previstos em lei para implantar logística reversa: Acordos Setoriais, Regulamentos expedidos pelo Poder Público e Termos de compromisso. São formas para formalizar programas individuais ou coletivos entre entidades públicas e privadas e operacionalizar a logística reversa de embalagens. O Acordo Setorial para Embalagens em Geral, citado anteriormente, se enquadra na primeira opção.

No caso da recuperação de embalagens, estratégias estimulando a participação de organizações de catadores de materiais recicláveis são prioritárias. É previsto também que o sistema desenvolvido possa adotar a compra dos produtos ou embalagens pós-consumo, assim como implementar pontos de entrega de resíduos. 

Como fazer a logística reversa de embalagens na prática?

Cooperativas de catadores são fundamentais no processo de logística reversa
Cooperativas de catadores são fundamentais no processo de logística reversa

Através dos três instrumentos foram pensadas diferentes sistemas para operacionalizar a logística reversa de embalagens na prática. Para melhor compreensão, é preciso entender que a o processo se baseia em três pilares:

1. Engajamento do cliente final, ou seja, pessoas físicas. Eles podem ser considerados as maiores fontes de embalagens pós-consumo e por isso precisam ser o principal alvo de campanhas educacionais sobre coleta seletiva. Eles devem ser envolvidos em programas pelo poder público ou pelo setor privado com a intenção de recolher os produtos.

2. A recuperação das embalagens. Aqui entram diferentes estratégias, como implantação de Pontos de Entrega Voluntária ou atuação junto às associações de catadores. É um pilar fundamental pois é o principal elo entre o resíduo e a reciclagem, ou seja, onde se viabiliza o processo da logística reversa de embalagem. A utilização de sistemas e ferramentas específicas possibilitam o monitoramento e validação do fluxo operacional de recebimento, transporte, armazenagem e distribuição desses resíduos.

3. Envio à empresa recicladora. É nela que a embalagem é utilizada como matéria-prima e reciclada, diminuindo os impactos gerados no meio ambiente e até custos de produção (em alguns casos). Pode ser a própria fábrica geradora do resíduo ou outra, o importante é que a embalagem pós-consumo chegue até uma empresa que irá reciclá-la. Nesse momento o ciclo é oficialmente fechado e rotulado como logística reversa. 

Em resumo, para que a logística reversa seja bem aplicada as empresas responsáveis devem ter uma visão integrada da cadeia de suprimentos. Dessa forma a logística reversa de embalagens irá trazer diversos benefícios relacionados a fatores sociais, econômicos e ambientais.

Principais sistemas de comprovação

Podemos citar dois métodos comuns de aplicação da logística reversa de embalagens:

1. Investimento na Cadeira de Reciclagem: Se dá via investimento coletivo no aparelhamento e estruturação de cooperativas de materiais recicláveis, por parte das empresas. O quantitativo de resíduos de embalagem pós-consumo efetivamente comercializado para recicladores conta como resultado da logística reversa. 

2. Créditos de Reciclagem: Também conhecidos como Créditos de Logística Reversa, foram desenvolvidos a partir de uma lógica de compensação. São baseados nas notas fiscais de cooperativas relativas à venda dos resíduos para recicladoras, as quais informam o tipo de material reciclado e sua quantidade em tonelada. As notas são fornecidas à certificadoras de logística reversa, que sistematizam e vendem tais notas como Créditos para empresas que precisam cumprir com a lei. Dessa forma, as empresas remuneram cooperativas pelo serviço de coleta das embalagens e ainda tem menor custo operacional que implementar programas próprios.

Após análise das opções e escolha do sistema, o segredo está no planejamento e implantação gradativa das medidas de acordo com as necessidades e possibilidades dentro da sua empresa.


E aí, qual sistema pretende implementar? Se você achou o texto útil para você, compartilhe nas mídias sociais. Para saber mais sobre como fazer logística reversa de embalagens, entre em contato com a Polen pelo formulário abaixo.

11 Perguntas e Respostas para Entender a Logística Reversa


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