Entenda 3 tipos de logística reversa
Logística Reversa
Como consequência dos avanços da Lei 12.305/2010, vem ocorrendo uma crescente busca por diferentes tipos de logística reversa. Entretanto, este tema está associado a diferentes áreas, o que pode gerar confusão. No texto de hoje, identificamos três importantes tipos de logística reversa e focamos no principal sistema relacionado aos resíduos, suas vantagens e exemplos de modelos. 

Conheça diferentes tipos de logística reversa

O constante crescimento do consumo acarreta em um grande aumento na geração de resíduos. A política de destinação adequada destes resíduos é uma prática que vem sendo bastante disseminada no Brasil e está se tornando cada vez mais conhecida dentro do ambiente empresarial. A logística reversa é um de seus principais pilares.

A logística reversa pode ser definida como a logística de recolhimento de produtos adquiridos pelos consumidores e seus respectivos resíduos, para posterior destinação adequada. Dessa forma, é um termo abrangente que possui diferentes motivações e variações. Conhecer a definição dos diferentes tipos de logística reversa é importante para traçar as estratégias corretas e não fazer confusão sobre o tema pertinente à sua empresa. Conheça agora três diferentes variações deste sistema.

Logística Reversa Pós-Venda

A logística reversa pós-venda consiste no retorno de produtos após sua aquisição por alguma razão comercial ou descontentamento, porém antes de seu uso. Defeitos, arrependimento de compra e pedidos incorretos são exemplos de motivos para clientes solicitarem o recolhimento dos produtos. É muito comum em e-commerce, por exemplo.

Reuso

O reuso é efetuado pensando na aquisição do produto pela empresa e sua posterior revenda após o uso do consumidor, sendo implementado através de leilões. É comum em empresas comerciantes de livros, automóveis e móveis

Logística Reversa Pós-Consumo

A logística reversa pós-consumo é o sistema que tem ganhado força nos últimos anos, uma vez que tornou-se obrigatória para alguns setores devido à Lei 12.305/2010.

Caracteriza-se pela coleta e encaminhamento à reciclagem (ou outra destinação adequada) de produtos e seus resíduos após o descarte do consumidor final.

Empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens, de uma maneira geral, costumam fazer implementar este sistema, uma vez que geram uma grande quantidade de resíduos e o setor possui forte regulamentação.


Quais empresas precisam fazer a logística reversa pós-consumo?

Dentre os principais tipos de logística reversa, a pós-consumo é a mais crescente e relaciona-se diretamente com o resíduo produzido pelo consumo dos produtos. O artigo 33 da Lei 12.305/2010 dita a obrigatoriedade do sistema para empresas fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes dos seguintes produtos:

 

·     Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

·     Pilhas e baterias;

·     Pneus;

·     Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

·     Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

·     Produtos eletrônicos e seus componentes;

·     Produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro;

·     Demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. 

Assista à sequência de webinars gratuitos: “10 anos de PNRS e Logística Reversa: como está a transição para a Economia Circular?”

Vantagens da Logística Reversa Pós-Consumo

Tendo em vista que uma grande variedade de resíduos ainda são despejados em aterros sanitários ou em locais inadequados, a logística reversa pós-consumo é uma ótima opção para a redução da poluição e seus respectivos impactos na saúde humana e no meio ambiente. Ela representa um estímulo à reciclagem, redução na exploração da matéria-prima virgem e diminuição na emissão de CO2.

Além das vantagens ambientais, esse sistema traz vantagens sociais. A logística reversa pós-consumo contribui na profissionalização, promove aumento de renda e impacta nas melhores condições de vida e trabalho dos catadores de materiais recicláveis.

Implementando a logística reversa pós-consumo, empresas também evitam possíveis passivos ambientais futuros. Os produtos passam a ter um viés sustentável, apresentando um novo diferencial competitivo e atraindo consumidores cada vez mais engajados. Dessa forma, o sistema pode apresentar vantagens econômicas.

Exemplos de Logística Reversa Pós-Consumo

Fabricantes de produtos embalados costumam em parceria com cooperativas

Existem diferentes formas para sua empresa implementar a logística reversa pós-consumo. Entre elas, destacam-se:

  1. Coleta em pontos de entrega voluntários – PEV´s

Os resíduos são coletados através de Pontos de Entrega Voluntários - PEV’s instalados em locais estratégicos, como comércios. O consumidor leva o material até o PEV e, após uma quantidade mínima reunida ou em uma data combinada, um operador logístico coleta o montante e o encaminha para a reciclagem. O processo é financiado pelas empresas fabricantes e/ou importadores, podendo firmar parceria com os comerciantes. É um sistema comum para produtos como pilhas e celulares.

  1. Coleta por sistema itinerante junto ao comércio

Normalmente, os resíduos são coletados diretamente no ponto de geração, sem chegar ao consumidor. Após o consumo do produto, seu resíduos são acondicionados até uma quantidade mínima ou determinada data previamente acordada, sendo coletado por um operador logístico e encaminhado à reciclagem. Este sistema é financiado pelos fabricantes e/ou importadores e costuma ser implementado em parceria dos distribuidores e/ou comerciantes. É comum em postos de gasolina ou concessionárias para resíduos de óleos lubrificantes ou pneus.

  1. PEV, Coleta Seletiva ou Central de Triagem/Entidades de Catadores

Neste caso, o resíduo é coletado através de Pontos de Entrega Voluntários, sistemas de coletas seletiva ou através do trabalho de catadores. Os materiais são coletados, triados e classificados em centrais específicas e vendidos para recicladores. O financiamento, direto ou indireto deste sistema, costuma ser realizado por empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens em geral, como o setor de bebidas, alimentos e cosméticos, ou pelas produtoras das próprias embalagens.

Pode-se dizer, inclusive, que é fruto deste processo o sistema de compensação de logística reversa, no qual empresas remuneram o serviço das cooperativas de reinserção das embalagens pós-consumo em processos produtivos através da aquisição das notas fiscais referentes à venda dos materiais para as recicladoras (conhecidas como Créditos de Logística Reversa ou Créditos de Reciclagem), fornecendo uma renda alternativa para os catadores.


Independente do sistema, a logística reversa só consegue ser bem implementada através de soluções estruturadas e engajadas. Após aprender sobre os diferentes tipos de logística reversa, qual você entende que é a mais pertinente para sua empresa?

11 Perguntas e Respostas para Entender a Logística Reversa
Entenda 3 tipos de logística reversa
Logística Reversa
August 15, 2023 6:41 PM
Como consequência dos avanços da Lei 12.305/2010, vem ocorrendo uma crescente busca por diferentes tipos de logística reversa. Entretanto, este tema está associado a diferentes áreas, o que pode gerar confusão. No texto de hoje, identificamos três importantes tipos de logística reversa e focamos no principal sistema relacionado aos resíduos, suas vantagens e exemplos de modelos. 

Conheça diferentes tipos de logística reversa

O constante crescimento do consumo acarreta em um grande aumento na geração de resíduos. A política de destinação adequada destes resíduos é uma prática que vem sendo bastante disseminada no Brasil e está se tornando cada vez mais conhecida dentro do ambiente empresarial. A logística reversa é um de seus principais pilares.

A logística reversa pode ser definida como a logística de recolhimento de produtos adquiridos pelos consumidores e seus respectivos resíduos, para posterior destinação adequada. Dessa forma, é um termo abrangente que possui diferentes motivações e variações. Conhecer a definição dos diferentes tipos de logística reversa é importante para traçar as estratégias corretas e não fazer confusão sobre o tema pertinente à sua empresa. Conheça agora três diferentes variações deste sistema.

Logística Reversa Pós-Venda

A logística reversa pós-venda consiste no retorno de produtos após sua aquisição por alguma razão comercial ou descontentamento, porém antes de seu uso. Defeitos, arrependimento de compra e pedidos incorretos são exemplos de motivos para clientes solicitarem o recolhimento dos produtos. É muito comum em e-commerce, por exemplo.

Reuso

O reuso é efetuado pensando na aquisição do produto pela empresa e sua posterior revenda após o uso do consumidor, sendo implementado através de leilões. É comum em empresas comerciantes de livros, automóveis e móveis

Logística Reversa Pós-Consumo

A logística reversa pós-consumo é o sistema que tem ganhado força nos últimos anos, uma vez que tornou-se obrigatória para alguns setores devido à Lei 12.305/2010.

Caracteriza-se pela coleta e encaminhamento à reciclagem (ou outra destinação adequada) de produtos e seus resíduos após o descarte do consumidor final.

Empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens, de uma maneira geral, costumam fazer implementar este sistema, uma vez que geram uma grande quantidade de resíduos e o setor possui forte regulamentação.


Quais empresas precisam fazer a logística reversa pós-consumo?

Dentre os principais tipos de logística reversa, a pós-consumo é a mais crescente e relaciona-se diretamente com o resíduo produzido pelo consumo dos produtos. O artigo 33 da Lei 12.305/2010 dita a obrigatoriedade do sistema para empresas fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes dos seguintes produtos:

 

·     Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens;

·     Pilhas e baterias;

·     Pneus;

·     Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

·     Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

·     Produtos eletrônicos e seus componentes;

·     Produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro;

·     Demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. 

Assista à sequência de webinars gratuitos: “10 anos de PNRS e Logística Reversa: como está a transição para a Economia Circular?”

Vantagens da Logística Reversa Pós-Consumo

Tendo em vista que uma grande variedade de resíduos ainda são despejados em aterros sanitários ou em locais inadequados, a logística reversa pós-consumo é uma ótima opção para a redução da poluição e seus respectivos impactos na saúde humana e no meio ambiente. Ela representa um estímulo à reciclagem, redução na exploração da matéria-prima virgem e diminuição na emissão de CO2.

Além das vantagens ambientais, esse sistema traz vantagens sociais. A logística reversa pós-consumo contribui na profissionalização, promove aumento de renda e impacta nas melhores condições de vida e trabalho dos catadores de materiais recicláveis.

Implementando a logística reversa pós-consumo, empresas também evitam possíveis passivos ambientais futuros. Os produtos passam a ter um viés sustentável, apresentando um novo diferencial competitivo e atraindo consumidores cada vez mais engajados. Dessa forma, o sistema pode apresentar vantagens econômicas.

Exemplos de Logística Reversa Pós-Consumo

Fabricantes de produtos embalados costumam em parceria com cooperativas

Existem diferentes formas para sua empresa implementar a logística reversa pós-consumo. Entre elas, destacam-se:

  1. Coleta em pontos de entrega voluntários – PEV´s

Os resíduos são coletados através de Pontos de Entrega Voluntários - PEV’s instalados em locais estratégicos, como comércios. O consumidor leva o material até o PEV e, após uma quantidade mínima reunida ou em uma data combinada, um operador logístico coleta o montante e o encaminha para a reciclagem. O processo é financiado pelas empresas fabricantes e/ou importadores, podendo firmar parceria com os comerciantes. É um sistema comum para produtos como pilhas e celulares.

  1. Coleta por sistema itinerante junto ao comércio

Normalmente, os resíduos são coletados diretamente no ponto de geração, sem chegar ao consumidor. Após o consumo do produto, seu resíduos são acondicionados até uma quantidade mínima ou determinada data previamente acordada, sendo coletado por um operador logístico e encaminhado à reciclagem. Este sistema é financiado pelos fabricantes e/ou importadores e costuma ser implementado em parceria dos distribuidores e/ou comerciantes. É comum em postos de gasolina ou concessionárias para resíduos de óleos lubrificantes ou pneus.

  1. PEV, Coleta Seletiva ou Central de Triagem/Entidades de Catadores

Neste caso, o resíduo é coletado através de Pontos de Entrega Voluntários, sistemas de coletas seletiva ou através do trabalho de catadores. Os materiais são coletados, triados e classificados em centrais específicas e vendidos para recicladores. O financiamento, direto ou indireto deste sistema, costuma ser realizado por empresas fabricantes de produtos comercializados em embalagens em geral, como o setor de bebidas, alimentos e cosméticos, ou pelas produtoras das próprias embalagens.

Pode-se dizer, inclusive, que é fruto deste processo o sistema de compensação de logística reversa, no qual empresas remuneram o serviço das cooperativas de reinserção das embalagens pós-consumo em processos produtivos através da aquisição das notas fiscais referentes à venda dos materiais para as recicladoras (conhecidas como Créditos de Logística Reversa ou Créditos de Reciclagem), fornecendo uma renda alternativa para os catadores.


Independente do sistema, a logística reversa só consegue ser bem implementada através de soluções estruturadas e engajadas. Após aprender sobre os diferentes tipos de logística reversa, qual você entende que é a mais pertinente para sua empresa?

11 Perguntas e Respostas para Entender a Logística Reversa

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